quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Humorados maus

"Hahahahaha...que horror!"
Sempre nos deparamos com isso quando escutamos ou lemos alguma piada "politicamente incorreta"
O famoso humor negro que entra sempre pelas cotas para aquela plateia cautelosa que ri por dentro mas
sempre deixa transparecer aquela indignação as vezes meio debochada a cada tirada de "mau gosto" do Stand up.
Sou contra todo tipo de processo contra qualquer tipo de piada que definem como "pesada". É a minha opinião. Sou a favor da moderação mas contra condenação.
Na minha visão existem pessoas preparadas e não preparadas para ouvir certas coisas e levar "na esportiva"
Eu vou falar isso de peito aberto porque eu seria um possível alvo de se ofender por exemplo com piadas que se refere a crianças especiais. Tenho uma filha autista. Qual não foi a minha reação quando assisti aquele programa que passou na MTV "A casa dos Autistas" uma produção equivocada que saiu do ar.
Mas não me ofendi com aquilo. Não era sensacional e confesso até ter rido algumas vezes (sim, dou risada de qualquer coisa) , mas é de má qualidade humoristicamente falando mas nunca processaria alguém pelo tema. Criticaria por ser um humor ruim. Assisti ao DVD do Rafinha Bastos e também não me ofendi com a piada que foi alvo de protestos e um processo contra ele movido pela APAE.
Acho que deve existir um bom senso dos dois lados: O humorista por saber que as pessoas podem ter feridas abertas e se ofender demais com um conteúdo. Da pessoa que se ofende,e entender que por trás daquele humorista não existe um criminoso, muitos têm famílias, filhos e podem sim serem advertidos por uma piada mal colocada. Isso não põe em risco vida de ninguém, não lesa materialmente ninguém. Pra mim piada ou ri ou não ri, e fim.
Não estou defendendo o humor negro nem o humor ofensivo. Acredito que dá pra abordar certos temas mas com cuidados. Como disse eu como mãe não me ofendo porque isso é um problema mais que superado. Porém convivo com mães que não supera o trauma de ter um filho excepcional e são extremamente vulneráveis a se ofender com qualquer coisa que irá ouvir.
Acho que isso tem  a ver com aceitação e conformidade de uma situação que não podemos mudar, apenas melhorar. O diagnóstico da minha filha é definitivo mas não é estagnado. Sempre evolui se você se dedicar em oferecer um bom tratamento.
Minha vida apesar de tudo é normal, e falo abertamente porque acho que existe um exagero em relação ao que é ou não ofensivo. Quem perde sempre com isso é o público que fica sempre vendo piadas superficiais politicamente corretas onde o Joãozinho é bonzinho, o Português e a loira são inteligentes, o Judeu mão aberta.
Pego o exemplo da Rafaella Justus que é alvo de constantes chacotas na internet devido a sua aparência diferenciada decorrente de uma Síndrome, e seu pai, o publicitário Roberto Justus e sua esposa nunca processaram ninguém ou se pronunciaram sobre. Apenas cuidam e amam de sua filha, que acho que isso é a melhor defesa que podemos fazer para um filho.




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